terça-feira, 24 de maio de 2011

27 de Dezembro

O que deu origem a este texto, ou melhor, o que originou o desenho que hoje publico, decorre no “longínquo” ano 1983, mais precisamente no dia 27 de Dezembro, data festiva, dia de mais um aniversário da Margarida.

Queria oferecer-lhe algo criativo e único, diferente dos presentes tidos como comuns, e nesse período de análise lembrei-me de contar os dias desde o nosso primeiro encontro até ao dia em nos encontrávamos.

E, reparo que a soma a que cheguei, era um número único, 3210 dias, difícil de se repetir com esta mesma sequência,...eu e a “pancada” dos números...

Daí até à criação do presente em forma de desenho foi um passo...

Este desenho feito a tinta da china e lápis de côr está numa das paredes de nossa casa, em moldura “artesanal” da época e, acho que só duas pessoas conhecem a sua história...é engraçado como um simples desenho contém tanto conteúdo...

E foi a pensar nisso que decidi partilhar com todos quantos acedem ao blog, não é mais do que torná-lo público e assim, simultâneamente, fazer uma homenagem ao nosso amor e a todos os que amam...mesmo que não o verbalizem no dia a dia... é mais uma forma de o eternizar e de ficar por escrito. Tenho a certeza de que a Margarida não se vai importar...até vai ficar feliz.



No desenho aparecem os números 3, 2, 1 e 0 numa composição em perspectiva, em que o número 3 aparece em posição de destaque pela simples razão que namorámos por três vezes.

Os pequenos rectângulos ao centro e na horizontal, não são mais do que os 31 dias do mês. Os que aparecem pintados a verde e vermelho são 22, que também foi um número feliz para nós, se bem que já não me recorde a razão.
Desses 22, começando a contar da esquerda para a direita, aparecem a vermelho e em destaque, o 15º e o 16º, o 15 pelas razões que já tive oportunidade de explicar, e o 16 porque dia seguinte é sempre também um dia diferente.

A composição em sequência repetida e reduzida à esquerda simboliza uma película como se de um filme se tratasse...

Nesta altura ainda não sabíamos o dia em que casaríamos no ano seguinte... Foi no dia 16 de Dezembro...

Este desenho originou um outro presente, meses mais tarde, que foi uma peça em ouro, com a forma de um quadrado, (a ligação dos dois rectângulos a vermelho), que se articulavam, simbolizando a ligação perfeita...que já não é possível mostrá-lo porque foi “retirado” em andamento...

2 comentários:

Lurdes disse...

Que bonito... Acima de tudo simbólico. Uma sensibilidade tão linda, e a transmissão de momentos tão especiais. Quanto á simbologia haveria tanto a dizer, mas não faria sentido aqui e nunca mais terminaria este comentário. Que não é um comentário, mas sim um agradecimento por mais uma partilha pessoal e transmitida com tanto amor.
Um abraço e parabéns.
Lurdes JC

Pedro Quitério disse...

Mais uma vez o meu obrigado.
Todos nós temos momentos como este que referi, que expressamos de formas variadas, no meu caso apenas foi mais fácil "fazer um desenho"...
PQ